terça-feira, 1 de setembro de 2009

Biomassa

Biomassa é um material constituído por substâncias de origem orgânica (vegetal, animal e microrganismos). Plantas, animais e seus derivados são biomassa. A utilização como combustível pode ser feita a partir de sua forma bruta, como madeira, produtos, resíduos, excrementos de animais e lixo. A biomassa pode ser uma boa opção energética, pois é renovável e gera baixas quantidades de poluentes. Numa usina de álcool, por exemplo, os resíduos de cana-de-açúcar podem ser utilizados para produzir biomassa e energia. Ao contrário das fontes fósseis de energia, como o petróleo e o carvão mineral, a biomassa é renovável em curto intervalo de tempo.
A geração de energia através da biomassa pode contribuir para a diminuição do efeito estufa e do aquecimento global, pois a renovação da biomassa ocorre através do ciclo do carbono. Dessa forma, o uso adequado da biomassa não altera a composição média da atmosfera ao longo do tempo. Explicando melhor, é que a decomposição ou a queima de matéria orgânica ou mesmo seus derivados, provoca a liberação de CO2 na atmosfera. As plantas, através da fotossíntese, transformam o CO2 e água em hidratos de carbono, liberando oxigênio.
Uma das primeiras utilizações da biomassa pelo homem para a obtenção de energia foi o uso do fogo, depois na Revolução Industrial que marcou o auge da importância do consumo da biomassa, com o advento da lenha na siderurgia. A lenha já foi em tempo o principal combustível do mundo, mas foi substituído gradativamente após a 2ª Guerra Mundial pelo petróleo. Hoje, muito se fala em biomassa, como no Brasil, que existem algumas iniciativas nesse setor, como na mistura do álcool e gasolina, que permitiu ao Brasil a melhoria do resultado dos motores de combustão.
Apesar de tantas vantagens, a utilização da biomassa em larga escala e sem cuidados especiais podem trazer grandes impactos ambientais, como a destruição de fauna e flora com extinção de espécies; contaminação do solo e mananciais de água por uso de adubos e defensivos com manejo inadequado; poluição da própria queima da biomassa, como a emissão de gases tóxicos e desprendimento de consideráveis quantidades de calor, entre outros.

Biomassa residual

Esse montante de energia seria capaz de suprir uma cidade com 4,5 milhões de habitantes e traria uma economia de R$ 2,7 bilhões por ano aos criadores de gado e pecuaristas. A informação é do estudo "Agro energia da biomassa residual: perspectivas energéticas, socioeconômicas e ambientais", divulgado hoje (18) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em conjunto com a Itaipu Binacional.
De acordo com o relatório, o Brasil pode obter essa energia pelo biogás resultante do processamento sanitário da biomassa residual da agropecuária. A energia é gerada de forma descentralizada, em locais de criações confinadas de animais e unidades de agronegócio para produção de carne e leite.
Atualmente, esses resíduos causam impacto significativo no meio ambiente, contaminando água e solo e gerando gases de efeito estufa. Ao tratar sanitariamente a biomassa residual, os criadores estariam evitando essa poluição, e, ao deixar de emitir gases, podem inclusive comercializar créditos de carbono.
A produção de energia da biomassa residual também traria benefícios pela possibilidade de substituir fontes de alto impacto ambiental. "A UHE Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, irá gerar a mesma quantidade média de energia elétrica, provocando impactos ambientais e exigindo um investimento acima de R$ 13 bilhões, sem contar aquele necessário para a construção dos linhóis destinados a entregar a energia ao Sistema Elétrico Nacional. No caso aqui proposto, os empreendimentos mitigarão os impactos ambientais dos criatórios", diz o estudo.
Além dos benefícios ambientais, os autores defendem que gerar energia através desses resíduos trará grandes benefícios econômicos, gerando emprego e renda e tornando a pecuária brasileira mais competitiva no mercado mundial.

MATÉRIAS (A utilização da biomassa do bambu como bicombustível)

A biomassa do bambu pode ser usada como biocombustível? É essa a pergunta que pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Biomassa e Meio Ambiente (EBMA) tentarão responder com base na pesquisa de algumas espécies de bambu. O estudo será feito por meio da análise e da caracterização genética da planta, a fim de saber se é possível sua utilização como biocombustível e também para a geração de outros tipos de energia.
O projeto financiado pelo CNPq com o título de “Valorização energética de bambu pelo processo de compactação”, faz parte do EBMA, grupo formado na Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pará – UFPa. O coordenador do projeto, Profº Dr. Manoel Nogueira, em entrevista ao CIECz, explica que o bambu pode ser uma boa fonte de biomassa, pois é uma planta de ciclo de crescimento curto. Segundo ele, é possível conseguir material para pesquisa em até um mês, pois o bambu chega a crescer 20 centímetros em um dia.
O uso de plantas de curto ciclo não é comum para a produção de energia renovável, portanto, o potencial energético dessas plantas ainda é desconhecido. A proposta do trabalho é justamente pesquisar e determinar esse potencial, pesquisando três espécies de bambu: Guadua sarcocarpa, Bambusa vulgaris e Guadua weberbaueri provenientes das regiões Sul, Nordeste e Norte do país, respectivamente. Na região norte, as amostras foram colhidas dentro da UFPa, em um bambuzal localizado na frente do Núcleo de Meio Ambiente.
Em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro e a Rede de Bambu do CNPq as amostras foram escolhidas, levadas para o pesquisador Waldir Quirino, no Laboratório de Serviços Florestais, para que seja feita a briquetagem (compactação do produto, pois o bambu é difícil de ser transportado em sua forma bruta). Depois, foram levadas ao EBMA para que seja feita a caracterização energética, a fim de descobrir quais os níveis de carbono, o poder calorífico, e outras características que permitem dizer se as espécies são viáveis para a produção de biodiesel e outros tipos de energia, e a quantificação desse potencial.
Após a caracterização do bambu, serão conduzidos experimentos para conhecer a viabilidade para: produção de energia elétrica a partir da queima de biomassa; produção de diesel a partir da gaseificação; e produção de insumos químicos, como ácido acético e formol, por meio de processo enzimático; geração de vapor para a secagem de madeira e alimentos; e também para a extração de óleos vegetais. Portanto, as alternativas de uso da biomassa do bambu são corta vastas.
As pesquisas tiveram início em dezembro de 2008, e terminarão em novembro de 2010. Até lá, espera-se a total caracterização e a resposta para a pergunta feita no título desse texto. Se o bambu for mesmo detentor de potencial para a produção de biodiesel, haverá um avanço para a produção nacional de biocombustíveis, pois, uma das questões ressaltadas pelo Profº Manoel Nogueira é de que o Brasil, apesar de grande produtor de biomassa, não consegue produzir energia de forma a atingir a demanda energética do país. “O ponto chave é ter uma quantidade grande de biomassa num período de tempo curto, para que possa alimentar o sistema produtivo”.
A biomassa, mesmo sendo de fundamental importância para o crescimento da economia e sendo útil para a produção de biodiesel, que é um combustível menos poluente, é um assunto delicado a ser tratado, e como todo assunto envolvendo o meio ambiente, deve ser debatido com cuidado. É necessário o uso racional do recurso, sem a substituição das florestas por cultivos de uma única espécie com a justificativa que a produção de biomassa é uma atividade rentável. É preciso também que a produção de energia não compita com a produção alimentícia, que também depende da biomassa.
Tendo o conhecimento do potencial econômico da biomassa, é preciso que haja uma síntese do conhecimento científico e sua aplicação na pequena produção rural, sem, contudo, prejudicar o meio ambiente. É preciso descobrir o potencial da biomassa proveniente do bambu, e desenvolver técnicas para que haja um uso racional desses recursos e seu aproveitamento em vários setores da sociedade. Desse modo, a ciência pode contribuir para o bem estar das sociedades contemporâneas, dando o devido cuidado com o meio ambiente.

Mudança da matriz energética para a AMAZÔNIA

Este é um projeto que altera a matriz energética da Amazônia. Prende-se a utilização de matéria prima florestal disponível em todas as partes da fronteira agrícola a qual está sendo perdida de forma equivocada.

O objetivo seria gerar energia elétrica e criar certificados de credito de carbono pela queima da biomassa da em caldeira e com uma turbina a vapor gerar eletricidade para venda.

Com o credito gerado, as contas de energia elétrica das madeireiras fica reduzido e mesmo zerado, quando não resultarem créditos positivos.

Quando a central energética dispuser de resíduos das serrarias e dos desmatamentos da região o projeto passa a ter importância sem precedentes.

Nesse caso os participantes da empresa, consorcio ou cooperativa, se beneficiarão com somas jamais esperadas.
Com a concretização desse projeto, cria-se um modelo para toda a Amazonia que tem atualmente uma matriz energética totalmente equivocada.
As madeireiras e serrarias deixam de queimar os resíduos energéticos como a serragem, casqueiros, costaneiras, aparas, que ao alimentarem as caldeiras geram vapor, energia e eletricidade. Quando substituem centrais energéticas movidas a combustíveis fósseis, passam a receber créditos de carbono através de projetos de MDL.


O projeto é inserido na agenda 21, com a característica de sustentável.
Os madeireiros, proprietários rurais e serrarias que foram envolvidas em crimes ambientais, atuadas pelo IBAMA, cadastradas pela PF e processadas juridicamente pelo Ministério Publico, ao se posicionarem voluntariamente na adesão ao projeto passarão a ter um diálogo de alto nível com os senhores promotores estaduais, que tem estudado tais ajustes como de solução ideal para todos.

Quem são os beneficiados pelo projeto:

O ministério publico passa a ter aberturas para ajustes de conduta que levam ao progresso, a sustentabilidade e a educação ambiental.
O ambiente natural
O madeireiro
O Proprietário rural
A sociedade
A produção de energia elétrica de baixo custo
As prefeituras parceiras do setor Madeireiro, é compensada com pagamento de impostos e recebe participação dos Créditos de Carbono pela conversão energética passando do óleo diesel para a serragem de madeira.

Mudança da matriz energética para a Amaz

Mudança da matriz energética para a Amaz

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